Serjal Cultural


Palco Flutuante

Palco Flutuante

 

Por: Aluciano Martins

 

Do ventre da Terra, emerge o vulcão

Da angústia dos homens: Lamentos, revolução...

 

No circo sem lona, eu e a multidão,

Malabaristas de mãos vazias, dramatizando nesse “mundo cão”

 

O amor, a injustiça, a “grana” e a gana de “vencer”,

Impõe-nos a cena e obriga ironizar para sobreviver;

 

Sob a luz do Sol, o “Palco” e a interpretação

De gente que às vezes chora, sem roteiro e sem direção;

 

Cenários mutantes, elenco fugaz

Dramas e tragédias, na ribalta escura que não satisfaz;

 

Sem aplausos ou plateia, seguimos o “festival”

Fantasiamos a vida e a morte é sempre o final;/

 

E o “espetáculo” continua: Em becos, quartos, salões e ruas

Mistura cores (ouro brilha mais) e é sempre a esperança que segue em cartaz...