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Servidora do Judiciário alagoano conta a experiência de sobreviver a um câncer de mama

Encarar um diagnóstico de câncer não é nada fácil. No impacto da notícia, a sensação de medo e a incerteza assustadora do que virá pela frente mexem com a estrutura emocional de qualquer pessoa. É assim que a servidora Sueli Gomes, analista da 15ª Vara Cível da capital, define o susto que teve ao descobrir, em janeiro de 2022, durante um exame de rotina, o diagnóstico de câncer de mama.

Por ter detectado no início, ela conseguiu sobreviver à doença agressiva, com o tratamento de radioterapia. Não precisou cirurgia. E conta que a atenção ao corpo, aliada à disciplina na realização dos exames anuais foram fundamentais para o diagnóstico precoce, que possibilitou a resposta positiva ao tratamento.

Ela diz que, mesmo com a prática frequente do autoexame, que considera muito importante, nunca descuidou das consultas periódicas na mastologista e dos exames de rotina. E foi durante uma mamografia que Sueli se deparou com um nódulo na mama, diagnosticado, na biópsia como um câncer de mama. “Estava bem no início, graças a Deus”, diz ela, relatando o susto da descoberta.

“Foi o pior momento da minha vida. Meu mundo caiu. Até porque eu nunca deixei de fazer meus exames periódicos; na minha família não existe ninguém com esse diagnóstico; e eu nunca pensei que um dia eu ia receber uma notícia dessa”, conta ela.

O tratamento foi iniciado imediatamente. “Minha mastologista me encaminhou de imediato para fazer todos os exames e, na oncologia, fiz 15 sessões de radioterapia”, lembra Sueli.

Quase três anos depois, ela ainda não se considera curada, mas uma paciente em constante observação, e com a doença sob controle. “Sou uma sobrevivente. Descobrir a doença no início foi fundamental para isso”.

E o que Sueli aconselha a todas as mulheres? “Não se descuide do seu corpo. Fazer o autoexame é muito importante, sempre. E depois dos 40 anos, é necessário fazer os exames periódicos: a mamografia, a ultrassonografia; ter uma rotina de acompanhamento na ginecologista (para prevenção também do câncer de colo de útero) e n mastologista (especialista em mamas), não só quando descobre a doença, mas como prevenção, entendeu? E quem tiver diagnóstico na família, procura antes dos 40 anos, porque estão diagnosticando muitas pessoas jovens. Então, o mais importante é nunca deixar de fazer os exames preventivos e estar atenta, porque eu nunca imaginei que ia acontecer comigo, e quando eu fiz a mamografia ele estava lá – um câncer de mama”, conclui Sueli Gomes.

Mulher: seu corpo, sua vida

De acordo com o Ministério da Saúde, o Câncer de Mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil, depois do câncer de pele não melanoma, e responde, atualmente, por cerca de 28% dos casos novos de câncer em mulheres. Em seguida, vem o câncer do colo do útero, principal causa de morte por câncer entre mulheres em muitos países.

Para o Brasil, foram estimados 73,6 mil novos casos de câncer de mama em 2024, com um risco de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres, segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Já câncer de colo de útero tem prognóstico de 17 mil novos casos por ano no triênio 2023-2025, correspondendo a uma taxa de incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.

E atenção. Apesar de sua prevalência entre as mulheres, o câncer de mama também acomete homens, embora seja um fenômeno raro, representando menos de 1% do total de casos da doença. Mas é sempre bom estar atento. A prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para evitar que a doença avance e se torne letal.

É nesse sentido que o Ministério da Saúde desenvolve, anualmente, a campanha Outubro Rosa, voltada à conscientização sobre a importância da atenção aos sinais do corpo., este ano como tema “Mulher: seu corpo, sua vida”.