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Em assembleia do SERJAL, servidores decidem por paralisação gradativa no Judiciário

Em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira (19), convocada pelo SERJAL, os servidores e servidoras do Poder Judiciário do Estado de Alagoas decidiram realizar paralisações, começando com 1 dia na semana - já na próxima quarta-feira (24) - e avançando para mais um dia na semana seguinte, em defesa da aprovação da Data-base que repõe, nos salários, as perdas provocadas pela inflação de 2019.

Se o dia de paralisação da próxima semana não surtir efeito, a categoria já decidiu que na semana seguinte serão dois dias - quarta e quinta-feira (01 e 02 de dezembro) - de braços cruzados, em defesa da reposição salarial. 

A assembleia aconteceu em ambiente virtual (plataforma Zoom) e contou com a presença de mais de 100 servidores. A proposta foi aprovada por 77% dos votos. Também ficou decidido que a Assembleia Geral convocada pelo SERJAL permanecerá aberta (Assembleia Permanente), podendo haver convocação a qualquer momento para novas deliberações.

Os servidores do Judiciário alagoano estão com três anos de inflação acumulada, sem reposição. O projeto que está na Assembleia Legislativa desde março de 2020, aguardando votação em plenário, é referente à inflação de 2019. A reposição de 2020 ainda nem entrou na pauta do Tribunal de Justiça, e com a inflação de 2021 (que já está fechando), as perdas acumuladas já somam mais de 18%.

Durante a assembleia desta sexta-feira, os diretores do sindicato e demais servidores destacaram o quanto a categoria vem tentando dialogar com o Tribunal de Justiça e com a Assembleia Legislativa, mas de ambas as instituições, a resposta tem sido o silêncio enquanto o projeto da data-base continua parado.

O clima de indignação é crescente entre os servidores, que já realizaram várias manifestações convocadas pelo sindicato, inclusive uma paralisação de duas horas, na semana passada. "Já tentamos todos os processos de sensibilização e continuamos acreditando que o diálogo é o caminho. Mas se ele não existe, resta o caminho da luta", destaca a diretoria do SERJAL.