Representado pelas delegadas de base Roberta Gonzaga, Hosana Márcia e Rosângela Trindade, o SERJAL participou, em Brasília, de mobilizações nacionais em defesa de políticas públicas para as minorias, incluindo as mulheres, e contra a reforma da Previdência nas questões que trazem enormes prejuízos à classe trabalhadora.
A mobilização culminou com a Marcha das Margaridas, que reuniu, nesta quarta-feira (14), milhares de trabalhadoras rurais (entre as categorias mais prejudicadas pela reforma) e representações de movimentos sociais e de classe de todo o país, incluindo servidores, que também serão duramente afetados com as regras previstas para a chamada “Nova Previdência”, em tramitação no Congresso.
Foi a primeira vez que o SERJAL viabilizou a participação de servidoras do Judiciário alagoano nessa marcha tradicional de defesa dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros. Além da delegação do SERJAL, a servidora Ana Paula Araújo também participou do evento, como diretora da Fenajud.
Elas se juntaram a outras delegações do país, no coletivo “Margaridas no Judiciário”, coordenado pela Fenajud, que além da participação na manifestação pública, realizou, na manhã da terça-feira (13), uma roda de conversa e debate sobre a PEC 06/2019, com a advogada Yasmin Yogo, seguida da construção de metas para maior fortalecimento da luta das mulheres no Judiciário estadual e federal.
“Fundamental a nossa participação, com uma delegação de mulheres do nosso Sindicato, dessa discussão nacional sobre assuntos que nos afetam, enquanto organização sindical e classe trabalhadora. É necessário que, como representação de uma classe de servidores públicos, o SERJAL esteja bem representado nos grandes debates no âmbito nacional e local”, afirma o presidente do Sindicato, Aluciano Martins.
MOMENTO PROVEITOSO
Para as participantes, o evento foi muito proveitoso. “Saímos de lá cientes de que cooperamos por uma luta unificada de todas as mulheres”, destacou Hosana, delegada de base de Arapiraca. “Muito importante esse diálogo. O elo entre as servidoras do Judiciário estadual e federal com as trabalhadoras do campo e mulheres de toda a América Latina foi bom para o entendimento da situação que vivemos dentro de um cenário mundial”, observou Rosângela Trindade, delegada de base de São Miguel dos Campos.
A delegada de base de Maceió, Roberta Gonzaga, ressaltou a necessidade do fortalecimento da luta, que é de todas as classes trabalhadoras, inclusive do serviço público. “Nossa participação foi imprescindível para fortalecer o movimento e marcou a integração do SERJAL nesse momento de luta contra a retirada de direitos”, acrescentou ela.
O evento está em sua 6ª edição, e este ano teve como lema “Margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência”. O nome da marcha presta homenagem a Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, assassinada em frente de seus familiares, 35 anos atrás, em decorrência de sua luta contra os abusos praticados contra trabalhadores e trabalhadoras do campo, por proprietários de fazendas e usinas da região.
