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Dia do Trabalhador em tempos de isolamento social: A luta continua!

Hoje vivemos um 1º de maio diferente. Dia do Trabalhador, sem passeata, sem manifestações nas praças, sem as aglomerações comemorativas que nos permitiam abraçar e falar das nossas lutas, compartilhando o mesmo espaço físico. Vivemos uma pandemia, e por força das circunstâncias estamos todos em casa, experimentando um novo processo produtivo que ganhou impulso por trás das telas, nas linhas de transmissão do teletrabalho.

Em casa, sim, mas trabalhando, encarando e aprendendo a conviver com situações totalmente novas e que se apresentam a cada dia como novos desafios para todos nós – servidores públicos, trabalhadores em geral, sindicatos e demais organizações de classe.

De repente, fomos empurrados pela situação crítica mundial de saúde pública que nos impõe a necessidade de isolamento social, e entramos, sem aviso prévio, num novo tempo de relações trabalhistas, dentro de um universo virtual, para muitos até então desconhecido; tempo das teleconferências, das chamadas de vídeo, das demandas intermináveis que chegam a qualquer hora pelo whatsapp. De repente o trabalho invadiu nossa casa, dividindo tempo e espaço com a nossa família.

Tivemos que aprender e nos adequarmos ao sistema de home-office, que nos traz algumas facilidades, sim, mas também uma série de situações com as quais não estávamos acostumados a lidar. Como administrar nossa carga horária, sem se sentir invadido? Como evitar as demandas que chegam a qualquer hora do dia? Como fazer entender que teletrabalho não é ficar à disposição 24 horas por dia, todos os dias da semana? Quem vai pagar custo do trabalho em casa, que se revela no aumento da conta de energia, no investimento de uma internet melhor?

São queixas com as quais não estávamos acostumados a lidar, mas que têm nos chegado com muita frequência nesses tempos de home-office e começam a ensejar a necessidade urgente de uma regulamentação clara e eficiente sobre o trabalho em casa. Esse é o grande desafio das entidades sindicais na atualidade: acompanhar as demandas do teletrabalho e suas implicações na vida do trabalhador e lutar por regras claras para essas situações.

Hoje, vivemos um Dia do Trabalhador diferente, mas o distanciamento social não nos impede de refletirmos coletivamente sobre as nossas condições de trabalho e reafirmarmos o nosso compromisso de luta pela saúde, dignidade, valorização e respeito aos trabalhadores e trabalhadoras, e contra todo e qualquer retrocesso no serviço público ou na iniciativa privada; em toda e qualquer circunstância.

Estamos em casa, mas a luta continua! E a diretoria do SERJAL está atenta e pronta para agir na busca de solução, em qualquer situação que represente aviltamento nas condições de trabalho dos servidores do Poder Judiciário do Estado de Alagoas.