Em tempos de teletrabalho, a Justiça estadual de Alagoas aparece entre as 10 mais produtivas do país em decisões proferidas, segundo matéria publicada no site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No período entre 16 de março a 12 de abril de 2020, o TJ-AL totalizou 78.345 decisões, ocupando o 8º lugar no ranking, à frente, por exemplo do Rio Grande do Sul, e atrás apenas dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, segundo o levantamento divulgado.
Nesse período, segundo os dados divulgados pelo CNJ, a Justiça estadual de Alagoas registrou um total de 391.507 movimentos concretizados, sendo 78.345 decisões proferidas; 16.160 sentenças e acórdãos; e 46.121 despachos realizados.
Grande parte do mérito dessa produtividade é dos servidores do Judiciário. “Estão todos de parabéns por essa marca: tanto a Justiça alagoana como um todo e, em especial, os servidores que têm se empenhado em superar esse momento de grande crise mundial e garantir que a Justiça continue cumprindo seu importante papel social”, destacou Aluciano Martins, presidente do Sindicato dos servidores do Poder Judiciário do Estado de Alagoas (SERJAL).
Na sua avaliação, esse desempenho é reflexo também da relação harmoniosa e da postura respeitosa que o presidente do TJ, desembargador Tutmés Airan, tem adotado desde o começo, em relação aos funcionários da Justiça alagoana, ouvindo e dialogando com as entidades sindicais que os representam.
“Isso cria um clima de segurança para nós, servidores, sobretudo neste momento de grande turbulência. Em alguns estados, a situação está crítica, com direitos fundamentais sendo retirados dos servidores, em nome da crise, causando enormes prejuízos com a perda de receita. Em Sergipe, por exemplo, o TJ cometeu o absurdo de cortar o auxílio-alimentação, como se os servidores, trabalhando em casa, não precisassem comer. Em Pernambuco também houve cortes do auxílio alimentação e de risco de vida, provocando uma substancial queda na renda desses trabalhadores. É claro que a situação de calamidade que estamos vivendo exige medidas de contingenciamento, mas reduzir renda é inaceitável. Pelo menos aqui em Alagoas, o diálogo permanente entre o TJ e o Sindicato tem assegurado que toda essa crise reflita o mínimo possível em prejuízos aos servidores”, diz Aluciano.
Ele observou que nesse caso específico, em que a produtividade do TJ-AL se destaca, recebeu, ontem à noite, uma mensagem do presidente do TJ, dividindo o mérito com a categoria. “Ele fez questão de destacar que sem os servidores nada disso aconteceria e pediu para que eu transmitisse a todos o seu reconhecimento e o agradecimento pelo empenho”, disse o presidente do SERJAL.
