Em resposta ao posicionamento do SERJAL, que na semana passada publicou nota rechaçando a ideia de férias compulsórias, planejada pelo Gabinete de Crise do Tribunal de Justiça de Alagoas, tendo como parâmetro a baixa produtividade de alguns servidores no sistema de teletrabalho, o presidente do Comitê, juiz Alexandre Lenine, respondeu que a orientação passada por meio de ofício aos diretores e chefes de setor não teve a intenção de promover ‘caça às bruxas’ e nem constranger servidores que, por algum motivo, não tenham se adaptado ao sistema de home office.
Ele destaca que foi disponibilizada pelo TJ-AL, para todo e qualquer servidor (bem como para os magistrados) a possibilidade de levar para casa sua estação de trabalho. Mas lembra também que alguns, por não disporem de condições adequadas em casa, que lhes possibilitem cumprir as obrigações funcionais, apresentaram queda acentuada ou nenhuma produtividade, o que requer uma avaliação caso a caso.
Mas reforça que não há, nesse acompanhamento, nenhuma intenção de desrespeito, humilhação ou constrangimento a qualquer servidor.
“Que fique bem claro. Não caberá a este Gabinete impor férias a ninguém. Temos que ter dados confiáveis para subsidiar decisões imprescindíveis e necessárias que serão tomadas pela Presidência do Tribunal de Justiça, dada a dificuldade momentânea que todos vivenciamos. Também não estamos instituindo nenhuma “caça as bruxas”. Muito pelo contrário. Visamos fazer com que o servidor que se enquadre em quaisquer condições inviáveis do teletrabalho, não se sinta culpado pela sua improdutividade, sobrecarregando outro colega que esteja executando suas tarefas cotidianas a contento”, diz o texto encaminhado ao presidente do SERJAL.
“Optamos por publicá-lo na integra, a título de esclarecimento, em nome do respeito mútuo que tem norteado a relação entre o Tribunal de Justiça, o Sindicato e os servidores na atual gestão”, destaca Aluciano Martins, reafirmando que o Sindicato estará atento, como sempre esteve, a qualquer ato que possa indicar algum tipo de prejuízo, constrangimento ou desconforto aos seus filiados, e pronto para agir com equilíbrio e firmeza, seja na busca dos esclarecimentos necessários ou na luta em defesa do tratamento justo, sobretudo àqueles que, mesmo na situação adversa vivida no momento, têm se dedicado a cumprir suas atribuições para garantir que a justiça continue chegando a cada cidadão.
A convite do Gabinete de Crise do TJ-AL, o SERJAL participa, na manhã desta terça-feira (7), representado por seu presidente, de uma videoconferência, visando a discussão de ideias e práticas relacionadas à prestação jurisdicional.
