Ser Oficial de Justiça é levar na pasta sentenças de destinos, aguardadas com ansiedade e apreensão;
É por vezes ser recebido com simpatia e sorriso e, após identificar-se, observar a mudança radical no semblante das pessoas;
É ter que ouvir uma versão totalmente diferente da que consta na “Inicial” e não surpreender-se;
É manter a serenidade diante do desespero ou da revolta da parte;
É ser firme e correto diante de abordagens maliciosas e de assédio moral;
É penhorar diariamente sua integridade física e moral nas empreitadas do oficio;
É avaliar o caminho, arrestando a grandeza da sua missão.
Ser Oficial de Justiça é ter Deus como Fiel Depositário do seu destino, adjudicando a coragem, a ética e a imparcialidade, na certeza de que as dificuldades no cumprimento do dever estão em lugar incerto e não sabido.
É certificar-se, no fim do dia, que precisa voltar pra casa, pois tem uma família que lhe espera.
O referido é verdade e dou fé.
Aluciano Martins
Oficial de Justiça / Presidente do Serjal