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SERJAL subscreve documento da Fenajud em apoio à greve dos servidores do TJRS

Representado pelos diretores Cleyson Francisco (Formação e Organização Político-Sindical) e Jadson Marcelo (Jurídico), o Sindicado dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Alagoas (SERJAL), apoiou e subscreveu Moção de Apoio aos servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio Grande do Sul, aprovada durante a reunião do Conselho de Representantes da Fenajud, realizada neste final de semana (sexta-feira, 25 e sábado, 26), na cidade de Palmas (TO).

Os trabalhadores do Judiciário estadual gaúcho estão em greve desde setembro, reivindicando melhores condições de trabalho e valorização profissional e lutando contra o ‘encolhimento’ do acesso à Justiça naquele estado. Antes, logo quando iniciou a greve, o SERJAL já havia emitido nota de apoio e solidariedade aos colegas do Rio Grande do Sul (Veja aqui).

Esta edição do Conselho de Representantes (a terceira neste ano de 2019), contou com a participação de 15 sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados , entre eles o SERJAL. A Moção de Apoio aos trabalhadores do TJ-RS foi aprovada por unanimidade.

Confira na íntegra o documento aprovado:

Os sindicatos filiados à Fenajud, reunidos no Conselho de Representantes de Entidades Sindicais, em Palmas (TO), manifestam apoio irrestrito à greve dos trabalhadores do Judiciário do Rio Grande do Sul. Os trabalhadores iniciaram no dia 24 de setembro um movimento grevista que tem na pauta de reivindicação diversos pontos essenciais para que se traga justiça àqueles que empenham suas vidas visando entregar à sociedade um trabalho qualificado e eficiente.

A série de injustiças que assolam o judiciário gaúcho é extensa: ameaça de extinção de 3500 cargos de Oficial Escrevente, e sua substituição por outros com diferentes direitos; cinco anos consecutivos sem reposição da inflação nos vencimentos, ainda com ameaça de perder cerca de 20% do que já possuem devido a duas ADIs que tramitam no STF; auxílio alimentação de baixo valor, e que representa metade do que percebem os magistrados; único judiciário do país que não possui plano de carreira para os servidores do primeiro grau; Oficiais de Justiça com imensa defasagem no valor das conduções; sobrecarga de trabalho e adoecimento coletivo.

O SindjusRS buscou inúmeras vezes e de diversas formas a construção de alternativas que pudessem diminuir as perdas e trazer isonomia aos trabalhadores, propondo projetos, buscando o diálogo com a Administração do TJRS e agregando cada vez mais as pautas da categoria. Esta, decidiu pelo indicativo de greve no dia 15/03/2019, quando encaminhou pauta de reivindicações para o tribunal aprovada em Assembleia Geral. Entretanto, a presidência do tribunal não apresentou nada de concreto para seus trabalhadores, apenas promessas vagas e evasivas. Ainda, tem praticado condutas antissindicais, ameaçando os grevistas com lançamento de faltas não justificadas e corte de ponto com objetivo de desmobilizar e conter a força da luta da categoria. A presidência alega que sempre esteve aberta ao diálogo, mas que diálogo é esse? O mesmo tribunal que prega a conciliação para a resolução de conflitos não concilia com seus próprios trabalhadores.

Os colegas do Judiciário gaúcho merecem respeito e consideração por parte da Administração do Tribunal de Justiça, que deve receber e negociar com os trabalhadores uma solução para as questões apresentadas, pois não podemos aceitar que tamanhas injustiças sejam praticadas na casa da justiça.

Confira também o vídeo de apoio aos colegas do Judicário gaúcho: