O Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de Alagoas (SERJAL) manifesta total apoio e solidariedade à greve dos jornalistas alagoanos, que completou quatro dias nesta sexta-feira (28). A greve é contra a tentativa intransigente dos empresários de comunicação do estado que querem reduzir em 40% o piso salarial dos profissionais de imprensa.
De acordo com o Sindicato dos Jornalistas, a paralisação foi deflagrada na última terça-feira (25), depois de quase dois meses de tentativa de negociação da data-base, inclusive com mediação do Tribunal Regional do Trabalho. A proposta inicial da categoria era de reposição da inflação e mais ganho real calculado com base em perdas registradas em anos anteriores. Porém, ao invés de repor a inflação, que é um direito constitucional dos trabalhadores, os empresários surpreenderam com a decisão de reduzir em 40% os salários dos jornalistas.
“É uma situação inadmissível. Reduzir o salário do trabalhador, em qualquer centavo, já é algo inaceitável. Imagine cortar quase que pela metade! Os jornalistas cumprem um papel social de grande relevância, se arriscam em busca da notícia, e são fundamentais para a democracia. Merecem respeito e valorização. A greve é mais do que justa, a categoria tem demonstrado força e coragem para lutar contra essa arbitrariedade absurda e tem todo nosso apoio e solidariedade”, destaca o presidente do SERJAL, Aluciano Martins.
Na terça-feira, logo no primeiro dia de greve, ele gravou um vídeo em apoio ao movimento dos jornalistas. Nesta sexta-feira, o diretor de Formação e Organização Sindical do SERJAL, Cleyson Francisco, levou pessoalmente a mensagem de solidariedade do SERJAL e dos seus filiados, aos jornalistas alagoanos. Durante toda a manhã e parte da tarde, junto com representantes de outros sindicatos, ele participou do ato público em frente à TV Pajuçara.
“É preciso a união de todos para combater essa política de austeridade orquestrada contra a classe trabalhadora. Essa proposta absurda de reduzir salários é um reflexo dos ataques que tem sofrido a legislação trabalhista e temos que combater com o mesmo vigor com que os jornalistas alagoanos estão fazendo, porque essa ousadia tende a afetar todos nós. Temos que lutar, todos juntos, porque unidos somos mais fortes”, destacou Cleyson Francisco, em sua fala, durante a manifestação.
