Notícias - Outras Notícias


Fenajud cobra mais espaço em debate nacional sobre saúde no Judiciário

(*) Com informações e foto da Ascom Fenajud

Realizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na última quinta-feira (28), na sede do Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília, o 1º Seminário de Saúde dos Magistrados e Servidores do Poder Judiciário colocou em pauta dados sobre as questões que mais afetam a saúde dos membros do Judiciário brasileiro. Um momento importante, mas que, na visão da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário nos Estados (Fenajud), poderia ser mais rico se tivesse dado a devida importância à participação das entidades representativas dos servidores.

Durante o evento, essa queixa foi manifestada pelos representantes da entidade, Guilherme Peres (SinjuSC), coordenador de Saúde e Previdência, e Andrea Ferreira (Sindijus-PR), que cobraram mais espaço para o debate com os servidores, por meio de suas representações estaduais e federais, sobre dados e propostas relacionadas ao tema e sugeriram a realização de outro Seminário, no segundo semestre deste ano, dessa vez com maior participação. Dessa forma, os trabalhadores do Judiciário estadual estarão representados pela Fenajud, que também poderá fazer parte do Comitê Gestor Nacional de Saúde e também da implementação dos comitês gestores de Atenção Integral à Saúde nos Tribunais de Justiça.

O seminário foi aberto pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, que definiu o evento como um debate construtivo no âmbito da Resolução nº 207/2015 do CNJ, que instituiu a Política de Atenção Integral à Saúde de Magistrados e Servidores do Poder Judiciário. No entanto, segundo a Fenajud, enquanto os magistrados foram representados nas mesas de discussão, os representantes dos servidores permaneceram durante todo o dia sem espaço para que pudessem expor os problemas enfrentados pela categoria, em todos os estados brasileiros.

Na oficina “Adoecimento de Magistrados e Servidores” a coordenadora da Fenajud, Andrea Ferreira, chamou a atenção sobre a falta de interesse do evento em dialogar e ouvir o que aflige a categoria. “Desenvolvemos uma Pesquisa com a UNB, que poderia contribuir com este debate. Íamos sugerir propostas de políticas públicas para o setor. Temos dados coletados por uma das maiores instituições do país. Precisamos nos unir para mudar a realidade referente à saúde dos trabalhadores que atuam no Poder Judiciário”, destacou ela.

O coordenador de Saúde da Fenajud, Guilherme Peres, pontuou os três principais eixos das discussões durante o seminário, sendo, o primeiro, sobre a autogestão de plano de saúde privado nos Tribunais, disponibilizado para magistrados e servidores; o segundo, sobre a melhoria do funcionamento do serviço de saúde nos Tribunais; e, num terceiro eixo de debate, o adoecimento dos magistrados e servidores - neste caso com dados apresentados pelo ponto de vista do CNJ, tratando apenas das consequências e não das causas. E nesse aspecto, mais uma vez, a Fenajud destacou que poderia ter contribuído melhor - se tivesse espaço para isso - com os resultados da Pesquisa de Saúde realizada junto com a Fenajufe, em parceria com a UNB – que já identifica essas causas.

O conselheiro do CNJ Arnaldo Hossepian informou no Seminário que, nesta semana, o presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, mencionou a importância de o Conselho se debruçar sobre o tema da saúde dos magistrados e dos servidores do Judiciário.