Notícias - Locais


Carta Aberta aos Servidores do Judiciário Alagoano

Caros companheiros e companheiras

É com humildade e respeito que prestamos alguns esclarecimentos acerca de fatos ocorridos ultimamente no âmbito do nosso sindicato. Sabemos que, na Democracia, a divergência de ideias é da natureza do processo e a discussão franca, desprovida de vaidades e interesses pessoais, enriquece a formatação de conceitos e contribui com o resultado final.

É irreal e absurdamente tendenciosa a propagação da ideia de que estamos agindo em favor de subdivisões de servidores “A”, em detrimento de servidores “B”, pois a fragmentação da categoria não nos será benéfica em nenhum momento e em nenhuma possibilidade. E no nosso entendimento só existe uma categoria: a dos SERVIDORES DO PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE ALAGOAS, a qual representamos.

Desde o início da nossa gestão, e assim vai continuar até o final do mandato que nos foi conferido por processo eleitoral legítimo e democrático, buscamos respeitar e valorizar a opinião de todos, tendo como norte elementar o diálogo e a força do argumento.

Porém, inevitavelmente há situações em que o consenso não é alcançado, e é nesses poucos momentos que temos que decidir, tendo como referência o posicionamento da maioria, nem que para isso tenhamos que “cortar na carne” e optar por um rumo diferente da visão individualizada de qualquer um de nós, buscando sempre a razoabilidade dentro de uma visão holística.

E foi assim que nos posicionamos em relação ao Edital de Remoção. O SERJAL é instrumento de luta e não abre mão de defender os interesses da categoria em toda e qualquer questão. Mas a decisão em relação aos normativos é do Tribunal de Justiça, e estava tomada. Usar isso para tentar jogar servidor contra o Sindicato é um erro grave.

Houve prejuízo para alguns? Sim. Mas haveria também, EM DIMENSÃO MUITO MAIOR, se tivéssemos, mais uma vez impugnado o Edital. Na impossibilidade de contemplar a todos, optamos pela solução menos traumática, o que não significa que estejamos abdicando de mantermos a luta, através de canais e encaminhamentos alternativos, em defesa daqueles que saíram prejudicados em seus anseios – no caso os Analistas.

Quanto à decisão de colegas diretores, que diante do fato, resolveram renunciar ao mandato e semear a ideia do divisionismo na categoria, lamentamos muito. Porém, não nos causou estranheza, pois tal intenção já havia sido manifestada em outras oportunidades e por outros motivos.

Entendemos que, em momentos de tempestade, é a união que faz a força. E lamentamos que alguns remadores prefiram abandonar o barco do que se unir para salvar a tripulação. Porém, nesse caso, melhor mesmo que soltem o remo do que se manterem remando na direção contrária. Isto, sim, levaria todos a sucumbirem num naufrágio que, dessa forma, se tornaria inevitável.

Respeitamos a decisão de cada um e seguimos adiante, com a consciência tranquila, na responsabilidade que nos foi conferida. Não há lugar para mágoas. Reiteramos a consideração e o respeito aos nossos companheiros e estaremos sempre abertos ao diálogo, firmes na certeza de que UNIDOS SOMOS MAIS FORTES.